terça-feira, 20 de setembro de 2011

. Hoje, Amanhã...AGORA!

                    Comecei a entender que o agora era tudo como eu jamais quis...tudo que eu havia pedido já não havia mais um porque! Eu me mudei em sete dias, assim como Deus fez o seu mundo, mas é como dizem tudo que é modificado nunca, jamais será o mesmo de antes! A perfeição da incerteza se torna viva quando se perde das mãos aquilo que jamais quis se perder, e torna-se mais indesejável aquilo que se impõe com dor, e o que é aceito se torna inútil quando já não se tem mais uma certeza de que se é necessário.
                    O Homem tem o poder de modificar o que toca, eu me pus a querer mudar minha realidade e acabei perdendo o que mais divino tinha conquistado. Não sei dizer se a dor alimenta a culpa, ou se a culpa alimeta a dor, o que agora sei, é que ambas as coisas me fazem sentir o amargo da tristeza. Me disseram que a tristeza não consegue invadir meu sorriso, mas o que ninguem sabe é que o inverso das coisas podem fazer mais sentido do que aquilo que um dia acreditamos.
                         Sempre me queixei de ter levado muitas portas na cara, mas o que mais dói é saber que somos capazes de fazer aquilo que temiamos a nós! Eu não sei o que é pior, se é sofrer calada, ou se é sofrer amparada...Me mostraram que o que vivo é sem estruturas, que o agora não tem mais solução. Mas o que ninguém consegue ver é aquele ponto final, que mesmo pequeno consegue dar ao que resta, um sentido de fim...pode se juntar com mais dois fins e tornar minha continuação!
                  O defeito de não omitir, me fez crescer em alma e como pessoa, não sei se não saber mentir pode ser considerado um ponto forte o bastante para se ter o perdão, se muitas das vezes o perdão nunca é por completo. Não sei se o amanhã que me aguarda me trará uma nova taça de vinho, e tampouco sei se esse dessa vez será amargo como o que me aflige involuntáriamente, ou se será passivo como o temor que me faz recuar. 
As horas que ousam a me custar vida, apenas me empurram adiante, elas não confessam o que já sei, tampouco me dizem o que não voltarei a saber, elas apenas tornam minha sincera e infeliz concepção de que o que se passa ao meu olhar, jamais será compreendido de fato pelo que vêm de lucidez.
                 As gotas que do céu caem me fazem ter a certeza sem indecisões de que o que me dão nunca será o bastante. Deus pode me dar vida todas as manhãs, porque eu não posso relutar mesmo com as todas derrotas?
As horas, os dias e os meses caminham para terem um significado mais tarde, eu me perco no tempo e volto a ter medo do que eles podem levar de mim, volto a ter receio de ter anceio daquilo que sempre almejei. O pouco não me satisfaz, ele não me preenche, ele não me mantem feliz. O pouco me faz querer, relutar para poder assistir cada gota que de minha janela escorrerá , e poder semear cada grão que não será benéfico aos meus frutos!
                Se as lágrimas de mim escorrem, apenas lavarão as dores e os tormentos que levo na alma e me farão apenas rever o que me custa acreditar, que se o hoje não conquistei, no amanhã tentarei, e depois de amanhã perderei, e assim lutarei, para um dia acordar com o vento turvo que bate em minha janela e dizer apenas, eu to lutando!
Se perco as forças hoje, amanhã me tornarei mais forte para poder enfim conquistar a liberdade daquilo que me prende!